Curiosidades Esclarecedora


Tristeza e Melancolia

Afim de abordarmos este tema que hoje avassala mais de 20% da população mundial, é preciso evocarmos a depressão, e assim entendermos a tristeza e a Melancolia

A tristeza é um sentimento que estar no ser, todo ser já tem uma predisposição a tristeza. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade, ex que surge.

Já a depressão é a raiva, vingança digerida na própria pessoa, é uma tentativa de devolver para os outros que existe de pior em si mesmo.

A raiva é existente na depressão é resultado da total falta de vitalidade e motivação, presença de Tânatus para Freud. Existe também uma forma infantil, onde o indivíduo induz o ambiente a ampará-lo e dedicar atenção exclusiva a ele. A depressão enfraquece a coragem de enfrentar os desafios, minimiza a busca do prazer, contaminando assim o ambiente a sua volta, torna-o sombrio.

A tristeza não chega aos limites da depressiva. Porem percebemos como uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida, observemos a infância, pois é ai que será definido a personalidade adulta, e quando aprendemos a administrar os nosso sentimentos.

Observando nossa cultura ocidental podemos ver que buscamos valorizar os aspectos emotivos. Fato este que leva um ser a desenvolve-se crendo que a tristeza é um sentimento negativo, que o torna frágil e o expõe. Por exemplo, uma pessoa insatisfeita num âmbito social sente-se triste, mesmo não tendo uma concepção nítida do que é a tristeza ou mesmo o que a tornaria satisfeita.

Cria-se assim uma dívida com o próprio passado, como ele poderia ter sido, se ele tivesse uma outra oportunidade, o ser acredita que poderia ter aproveitado melhor as outras oportunidades que tivera, e que agora o fazem um ser fracassado, por deixar de ter, o que um dia tivera.

Aprendemos a desvalorizar nossos maiores valores o de Ser por inteiro, e acabam por expor o Ser contemporâneo ao negativismo, e a busca excessiva pelos bens materiais e status social, compensa a carência sentimental.

Este sentimento inato denominado tristeza é apenas um sintoma que demonstra a área emotiva mais afetada. Porém, outros sentimentos como o medo e a inveja funcionam como um alerta ao modo de vida desumano para consigo. A aceitação do fracasso e da fragilidade fica comprometida, já que o indivíduo direciona o motivo dos seus insucessos a outras causas, quando na verdade seriam apenas conseqüências. Portanto, fica claro que existe uma "auto-sabotagem" em si.

O egoísmo exacerbado onde tudo seu é melhor e mais bonito, no qual o Ser induzido desde a infância, produz um vazio pessoal interior. Porém, o leva a um processo de competitividade onde seu bem-estar esta diretamente ligado a superar o outro. Por outro lado a solidariedade, ou seja, a profunda preocupação com o próximo, o "vazio da personalidade", dito, irá expandir-se. A tristeza ocupa este espaço e desmotiva o indivíduo a dar continuidade na busca de qualquer outro valor.

Outro fator que fortemente desencadeia a tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o "não" torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza.

Enumeras correntes de discussão psicológica determinam os ganhos secundários do estado de sofrimento. É notório que o Ser que sofre, desperta comoção no ambiente, neste caso a atenção dispensada por outros faz com que o indivíduo sinta-se acolhido. Cultivar a tristeza é apenas fazer a manutenção desse estado de atenção e acolhimento despertada, é manter-se afastado e protegido da competitividade e ambição que norteiam a sociedade contemporânea. Mas na maioria das vezes, a solidariedade e o altruísmo são hipócritas, porque a necessidade da auto-superação e status social faz com que o sentimento de comoção seja verdadeiro, mas o apoio sincero é substituído pelo prazer na derrota alheia. Assim, esta afirmação é concretizada pelo fato de que o assistencialismo não supre as carências afetivas, é apenas um retórico inconsciente que absolve a obrigação da solidariedade.

Os indivíduos que sofrem de tristeza tem como característica básica de personalidade, impor a sua solidão pessoal para todas as pessoas que encontrarem no decorrer de suas vidas; como uma vingança contra seu sentimento que o martiriza. Assim, tornam-se retraídas, ciumentas e possessivas. Na questão sentimental, impõem ao parceiro uma eterna espera pela doação de seu lado afetivo por completo, atenção, dedicação caricias e outras formas de afeto que possa ser compartilhada.

Determinados relacionamentos muitas vezes nos levam a um sofrimento, porem acredita-se que a perda pode nos custar ainda mais caro. O maior obstáculo para qualquer tipo de mudança é a desconfiança quase que absoluta em nosso potencial, em geral receamos se seremos novamente capaz de reconstruirmos algo novo; se os ventos estarão ou não a nosso favor; se o destino ainda poderá nos reservar uma nova chance ou o mínimo de satisfação perante todo o pesadelo diário em que muitas pessoas vivem, casamento, namoro, trabalho família, o próprio Ser, etc...

E a tristeza tem face?

É comum observarmos em pessoas que estão tristes, um certo alongamento em sua face como se estivesse sendo puxada para baixo. Sua cabeça pode inclinar-se um pouco em um dos ombros. Além disso, geralmente a pessoa tem o rosto pálido e sem cor. Surgem também rugas horizontais em sua testa. Os cantos interiores das sobrancelhas se erguem, e as pálpebras superiores podem se abaixar. Unida a esse conjunto, a boca tem os seus cantos levemente caídos. Quando o queixo se eleva fica ainda mais marcante a descida da boca.

Sendo assim, esta face pode ser muito comum em nosso dia dia, sempre há alguém que por ventura possa esta atravessando uma situação de mudança, “Crise”, o que pode durar horas ou alguns dias, É preciso observar pois caso esta face perdure semanas ou meses ou seja ha uma continuidade, pode ser um sintoma.

Melancolia

Oriunda do grego melagcholía, melas que significa "negro" e cholé ou bílis que significa humor, podemos dizer que é humor negro o qual é um estado psíquico de depressão sem causa específica. Se caracteriza pela falta de entusiasmo e predisposição para atividades em geral.

A Melancolia é considerada como uma fase da Depressão Maior. A duração do estado depressivo deve ser superior a dois anos, afetando as funções básicas do dia-a-dia de uma forma considerável. A melancolia pode ou não estar presente na pessoa que sofre de uma depressão severa.

Afim de ilustramos, vamos evocar a Historia.

Já no Século V a.C. Hipócrates classificou melancolia como doença. Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) sendo o equilíbrio ou o desequilíbrio responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo e que influência de Saturno levava o baço a secretar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo escurecendo seu humor, levando ao estado de melancolia.

No período da Renascença e do Romantismo melancolia era considerada como uma doença bem-vinda, uma experiência que enriquecia a alma. Mas hoje o efeito dela é totalmente alcontrário.

Sigmund Freud, em seus estudos sobre o superego, se deparou com algo conhecido na época como melancolia. Segundo Freud, a melancolia se assemelhava ao processo do luto, mas sem haver necessariamente uma perda (senão uma perda narcisista). Pessoas com sintomas de melancolia falam de si próprias como "inúteis", "incapazes de amar", "incapazes de fazer algo bem, ou de bom para os outros", como "irritantes", com "hábitos chatos", e outras características onde o eu interior é desvalorizado por afirmações muitas vezes falsas.

Na pratica médica a conceituação exata da melancolia é de extremo valor no diagnóstico dos distúrbios mentais.

Apesar disto o DSM III e DSM III-R que precederam o - DSM IV ainda não incluíram parâmetros neuroanatomicos, hereditários e reação ao tratamento.

Conclusão

Desta formo concluímos que a tristeza pode ser um Sintoma associado a depressão e a melancolia é um estagio da depressão, considerada pelos gregos como humor negro.

Para o diagnostico da melancolia é preciso observar alguns fatores;

Os fatores A e B devem estar associados:

A. Pelo menos um dos dois

1. Falta de prazer nas atividades diárias.

2. Desânimo como reação a um estimulo agradável que em geral causaria prazer.

B. Pelo menos três dos seguintes

1. falta de prazer e o desanimo não estão relacionadas a um fato real que causaria tristeza natural (como no caso da morte de um próximo).

2.A depressão é agravada na parte da manhã.

3. O despertar é adiantado pelo menos em duas horas em comparação ao usual.

4. Profunda agitação psicomotora ou languidez intensa, “moleza”.

5. Perda de peso significante ou anorexia.

6. sentimento de culpa constante e inapropriado.

Tem cura?

Sim, é preciso ser avaliado e observado caso seja necessário e dependendo do estagio que esteja é preciso, fazer uso de medicamentos antidepressivos .

Caso os fatores A sejam sim e pelo menos dos B pelo menos 3 seja sim, fique tranquilo é preciso avaliarmos sua estrutura emocional, antes de emitir um parecer.

Marque sua entrevista e recupere seu bem estar emocional e redirecione sua existência

Psicólogo Amon Eriko de Alencar, CRP01/10.613

Contato: (92) 9173-7423/3613-5312

http://psicologoamonalencar.blogspot.com

Parcerias para a escrita do presente artigo

http://selfexposto.blogspot.com/

http://www.spectrumgothic.com.br/gothic/tristeza.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Melancolia



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Caros amigos,
visitando a internet encontrei esta pagina:

http://www.alppsicologa.hpg.ig.com.br/verdmit.htm

e vejam quanta coisa interessante:


Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas são todos uma mesma coisa?



Não. Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas pertencem a três grupos de profissões distintas. Um mesmo profissional só pode pertencer a mais de um grupo se tiver mais de uma formação (por exemplo, alguém formado em Medicina e também em Psicologia).

Descreveremos abaixo algumas informações sobre as três profissões para facilitar a compreensão das características de cada uma:


PSIQUIATRA:

Todo psiquiatra é um médico que após a formação em Medicina se especializou em Psiquiatria. Sendo assim, sua prática profissional é fiscalizada e regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina.
De acordo com a legislação brasileira, por serem médicos, os psiquiatras podem receitar drogas para o tratamento de seus pacientes, quando estas são necessárias. Dessa forma, a psiquiatria enfoca os aspectos fisiológicos das manifestações psíquicas indesejáveis, tendo uma metodologia de tratamento essencialmente medicamentosa.

PSICANALISTA:

Os psicanalistas podem ter qualquer formação acadêmica, desde que sejam titulados em um curso de quatro a oito anos ministrado pela Sociedade Psicanalítica, na qual devem ser credenciados, tendo sua prática profissional vinculada a esta instituição. Apesar de poderem ter qualquer graduação, muito raramente esses profissionais tem outra que não seja Psicologia ou Psiquiatria. Diferenciam-se, no entanto, dos demais psicólogos e psiquiatras por basearem sua prática terapêutica em princípios exclusivamente freudianos (psicanálise).
A psicologia, de uma forma geral, e a psicanálise, de uma forma particular, surgem no contexto em que se percebeu que as manifestações psíquicas não se devem única e exclusivamente ao aspecto biológico do ser humano

PSICÓLOGO:

Os psicólogos são profissionais cuja formação universitária é realizada numa faculdade de Psicologia, na qual aprendem as mais diferentes abordagens terapêuticas. Para exercerem regularmente a sua profissão, psicólogos devem ser credenciados nos Conselhos Regionais de Psicologia, respondendo profissionalmente ao Conselho Federal de Psicologia.
É comum o trabalho multidisciplinar, ou seja, a união de esforços entre
psicólogo/psiquiatra ou psicanalista/psiquiatra, sempre visando o melhor benefício ao paciente. Isso ocorre porque dependendo da problemática, um único profissional não é auto-suficiente para prestar o tratamento necessário ao indivíduo.

A Psicologia é uma ciência sujeita a diversos estereótipos, principalmente com respeito à sua prática.
Apresentamos a seguir um conjunto de idéias pré-concebidas bastante comuns sobre a Psicologia e sobre o Atendimento Psicológico, procurando contrapô-las com a verdade.

Inúmeras pessoas passam por momentos em que se sentem desconfortáveis, seja por alguma confusão, dúvida ou desejo de reestruturar suas vidas; ou ainda a necessidade de um autoconhecimento maior. Estes desconfortos podem ser chamados de problemas, e nessas ocasiões podemos nos sentir angustiados, muito tristes, irritados e acabamos por agredir a quem nos é significativo.

Muitas vezes temos consciência do foco dos problemas, mas não sabemos que caminho seguir para resolvê-los. Em outras situações não temos consciência de que enfrentamos ou geramos problemas, nestes casos estamos verdadeiramente sem "rumo". Nessas ocasiões é comum nos deparamos com a necessidade de pedir ajuda, buscando novas soluções para nossos conflitos.

O psicólogo pode, então, aparecer como uma alternativa de auxílio nessa busca. No entanto, é muito comum o surgimento de algumas questões:

Vão pensar que estou doente, desequilibrado?

O psicólogo é um médico que mexe com a cabeça?

Será que não haveria mesmo um jeito de eu sair disto sozinho?

Sou incapaz de resolver meus próprios problemas?

O que vão pensar meus amigos ou parentes?

Vou pagar para ouvir conselhos?

O psicólogo vê "através" das pessoas?

Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas são todos uma mesma coisa?

O tratamento psicológico é demorado? Qual é a freqüência que eu devo fazer terapia?

Eu terei que tomar remédios para melhorar?

Eu terei que ser hipnotizado?

Terapeutas cobram preços absurdos? Quanto custa os serviços de um psicólogo?

Como escolher uma boa técnica e um bom profissional?

Estas perguntas advém da idéia que o indivíduo que procura o psicólogo é o problema ou tem "doença" e a terapia vai lhe proporcionar a cura. O que se desconhece é que o que sentimos e somos também é fruto da qualidade dos relacionamentos que estabelecemos.

Se pensarmos um pouco mais, se conhecermos mais nossa realidade interna e externa, ganharemos mais recursos para enfrentar nossos conflitos.

Enfim, a psicoterapia e o psicólogo podem auxiliá-lo a estar cada vez mais próximo de você mesmo e assim lidar melhor com as suas dificuldades.

Estas e outras duvidas sobre o trabalho do psicólogo pode ser tiradas nos endereço eletrônico abaixo.

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TRANSTORNOS DE HUMOR

HISTÓRICO

Foi no século XIX que Emil Kraeplin apresentou o conceito das depressões, semelhante à forma que elas são explicadas no tempos atuais, introduzindo o termo Psicose Maníaco-Depressiva (PMD), atualmente sob a denominação de Transtorno de Humor Bipolar. Mesmo já tendo descrito as depressões psicógenas e os estados depressivos leves permanentes, alternados ou não com estados hipomaníacos, Kraeplin hesitava em incorporá-los na PMD ou nos Transtornos de Personalidade.

Ao final do século XIX, a idéia de que os estados depressivos não tinham somente causa endógena foi fortalecida, surgiram diferentes terminologias, como por exemplo, depressão reativa, depressão neurótica, depressão de esgotamento, entre outras. Foi dentro deste panorama que confirmou-se a hipótese de que a depressão tem causa multifatorial.

A partir de 1993, a Organização Mundial de Saúde através da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), começou a adotar critérios fenomenológicos e descritivos para classificar as depressões. Com os critérios internacionalmente aceitos, vão sendo progressivamente abolidas as diferentes classificações da depressão, minimizando as controvérsias de conceituação. (2)


O QUE É A DEPRESSÃO?

A depressão se caracteriza por um sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos no indivíduo. (16) Tanto a CID-10 como a American Psychiatric Association (DSM-IV) caracterizam a depressão como um conjunto de sintomas que incluem humor deprimido (tristeza, desesperança), perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias e diminuição da energia, levando-o à uma importante falta de ânimo que interfere na vida no indivíduo.

De acordo com o DSM-IV, para ser caraterizado como depressão, este conjunto de sintomas deve estar presente por no mínimo duas semanas e causar prejuízo significativo na vida social e/ou ocupacional do indivíduo. Segundo a CID-10, dependendo da forma como os sintomas são experimentados, a depressão deve ser classificada como leve, moderada ou severa.


QUAIS SÃO AS CAUSAS?

A depressão apresenta causas multifatoriais, tendo sua origem em fatores endógenos (neurobiológicos, genéticos) e fatores exógenos (psicossociais). Vale ressaltar que esses fatores apresentam uma forte relação de interdependência. (11)

Aspectos neurobiológicos

Na depressão ocorre uma alteração bioquímica no cérebro, causada por um déficit no metabolismo da serotonina que é o principal neurotransmissor responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo. (11, 15) Estudos mostram que o fator genético apresenta grande importância para a evolução de um quadro depressivo. (16)

Aspectos psicossociais

Vários são os fatores psicossociais que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão. A ocorrência de eventos negativos recentes (morte de um ente querido, perda do trabalho, doenças), problemas no relacionamento afetivo/conjugal, estresse e falta de auto-estima, são considerados fatores psicossociais facilitadores para a instalação de um quadro depressivo. (3, 16)


QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

De acordo com o DSM-IV, os sintomas da Depressão se caracterizam por:

a) Humor deprimido

Um forte sentimento de tristeza, desesperança em relação ao futuro, falta de ânimo frente à quase todas as situações são sintomas comuns apresentados pela pessoa deprimida. Muitas vezes, o indivíduo relata estar se sentindo "vazio".

b) Perda de interesse

O indivíduo não apresenta desejo em realizar atividades anteriormente consideradas agradáveis (por exemplo: prática de esportes, lazer, etc.), observando-se um retraimento social. Algumas pessoas apresentam uma diminuição significativa no interesse sexual.

c) Alterações no apetite e/ou no peso

Embora na maior parte dos casos o apetite se apresente reduzido, alguns indivíduos têm avidez por alimentos específicos como doces ou carboidratos. De acordo com a alteração no apetite, pode ocorrer perda ou ganho significativo de peso.

d) Distúrbios do sono

A maioria das pessoas acometidas pela depressão apresentam insônia, com dificuldades na conciliação e/ou manutenção do sono. No entanto, há aquelas que sofrem de hipersonia, uma necessidade excessiva de sono durante grande parte do dia.

e) Retardo ou agitação psicomotora

Há pessoas que apresentam um retardo psicomotor, com lentificação da fala, pensamento e atividade corporal, em geral nota-se a diminuição significativa do volume da voz ou da variedade de assuntos, podendo chegar ao mutismo. Por outro lado, outros indivíduos podem apresentar agitação psicomotora, não conseguindo se manter parados em um só lugar.

f) Fadiga e perda energia

É muito comum a pessoa deprimida se sentir cansada mesmo sem ter feito esforço físico algum. Dessa forma, tarefas simples como tomar banho e vestir-se tornam-se exaustivas e podem levar o dobro do tempo normal para serem concluídas.

g) Sentimento de inutilidade ou culpa

Há um forte rebaixamento da auto-estima, estando o indivíduo sob a tendência de se avaliar de forma negativa, interpretar erroneamente eventos corriqueiros, e de se sentir culpado por adversidade de forma exacerbada, mesmo não possuindo responsabilidade sobre tais situações.

h) Dificuldades de concentração e na tomada de decisões

O indivíduo se distrai facilmente e se queixa de problemas de memória. Dessa forma, pode apresentar forte dificuldade em tomar decisões simples ou concluir tarefas cotidianas.

i) Pensamentos de morte ou ideação suicida

A depressão pode trazer pensamentos relacionados à morte, chegando até a ideação suicida. Estes sintomas ocorrem na maioria das vezes em decorrência da sensação de inutilidade ou da falta de esperança quanto ao futuro. A ideação suicida deve ser cuidadosamente observada pela família e pelos profissionais que assistem o paciente, por representar risco real.

OUTROS TRANSTORNOS DE HUMOR

A depressão é um dos Transtorno de Humor, podendo se manifestar de diferentes formas. Veja a seguir as diferenças entre os principais distúrbios de humor.

DEPRESSÃO MAIOR

Para o diagnóstico de Depressão Maior, segundo o DSM-IV, o indivíduo precisa apresentar pelo menos 5 dos sintomas descritos anteriormente, por um período de no mínimo duas semanas. Dentre os sintomas, pelo menos um deve ser o humor deprimido ou a perda do interesse ou prazer. O quadro precisa causar prejuízo significativo nas atividades sociais, ocupacionais e de lazer do indivíduo. A Depressão Maior pode ser manifestada apenas por um único episódio, ou ser recorrente. (1, 16)

DISTIMIA

A Distimia se caracteriza por um humor cronicamente triste ou deprimido na maior parte dos dias, na maioria dos dias, por no mínimo dois anos. Os distímicos descrevem seu humor como triste ou "na fossa", o que muitas vezes é confundido com características de personalidade. É comum que a Distimia não seja diagnosticada e que o paciente se reconheça como tendo sido sempre "mal humorado" e irritado. A sintomatologia é em geral semelhante a da Depressão Maior, de forma menos intensa, excluindo-se a ideação suicida. A Distimia tem início insidioso, ou seja, instala-se lentamente ao longo do tempo. A pessoa com Distimia também pode apresentar um episódio depressivo maior em algum momento da vida. (1, 16)

TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR I

Anteriormente chamado de Psicose Maníaco-Depressiva, o Transtorno de Humor Bipolar I caracteriza-se pela ocorrência de no mínimo dois episódios de mudança brusca de humor, nos quais o indivíduo apresenta uma perturbação nos níveis de humor e atividade. (1, 5, 16) O período de duração média de um episódio maníaco gira em torno de quatro meses, enquanto que o episódio depressivo pode durar mais tempo, cerca de 6 meses. (5) O quadro se manifesta por mudanças abruptas do humor, ou seja, há ocasiões em que ocorre elevação significativa dos níveis de humor, da energia e da atividade (episódio maníaco), seguidas de outras em que há rebaixamento destes mesmos níveis (depressão). (1, 5)

O aumento da energia no episódio maníaco vem caracterizado por uma hiperatividade, fala excessiva (logorréia), diminuição da necessidade do sono, grandiosidade e otimismo excessivo. O indivíduo acredita ser capaz de realizar atos inimagináveis, relata ter várias habilidades, gasta dinheiro em excesso, entre outros. (1, 5). Já no episódio depressivo ocorre o processo contrário, podendo o paciente apresentar até mesmo ideação suicida. (1, 5, 16)

TRANSTORNO BIPOLAR II

A característica essencial do Transtorno Bipolar II é um curso clínico marcado pela ocorrência de ciclos rápidos de Depressão, acompanhados por pelo menos um Episódio Hipomaníaco. Estes ciclos podem se alternar de uma semana para outra, de um dia para outro, ou até num mesmo dia. Aproximadamente 5 a 15% dos indivíduos com Transtorno Bipolar II têm múltiplos (quatro ou mais) episódios de humor (Hipomaníacos ou Depressivos Maiores) que ocorrem dentro de um mesmo ano. Embora a maioria dos indivíduos com Transtorno Bipolar II retorne a um nível plenamente funcional entre os episódios, aproximadamente 15% continuam apresentando humor instável e dificuldades interpessoais ou ocupacionais.


DEPRESSÃO NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE

Há cerca de três décadas, ainda não se pensava sobre a possibilidade de crianças e adolescentes desenvolverem um quadro depressivo. Atualmente, pesquisadores confirmam que qualquer grupo etário está suscetível à depressão. No entanto, há que se atentar para a sintomatologia de acordo com cada faixa do desenvolvimento humano (11, 14) (veja sessão desenvolvimento humano neste site).

Em crianças e adolescentes, acrescenta-se ao quadro sintomatológico o humor irritável, o comportamento desafiador e queixas de sintomas físicos sem causa aparente, como cefaléias, dor abdominal, náuseas, etc. (1, 8, 13, 14) Já em crianças mais novas, por não terem habilidade para comunicar suas verdadeiras emoções, é comum se observar mudanças no comportamento geral, seja no sentido do aumento (hiperatividade), ou na diminuição do contato (distanciamento e apatia) . (13)

Mudanças abruptas no comportamento da criança ou do adolescente devem ser cuidadosamente observadas. Essas alterações incluem a dificuldade de adaptação social, altos níveis de irritabilidade, agressividade e oposição à autoridade. (13, 15). A criança ou o adolescente acometido por algum tipo de depressão, está bastante propenso a ter o seu desenvolvimento psicológico e social comprometido (13). O abuso de álcool ou outras drogas é, por exemplo, freqüente em adolescentes deprimidos, como uma forma de se livrarem dos sentimentos que os cercam. (14, 18) Pesquisas mostram que 5% das crianças e adolescentes na população geral apresenta um quadro depressivo em algum momento da vida, comprovando que não somente os adultos são suscetíveis aos transtornos de humor. (18)


DEPRESSÃO NO IDOSO

Os distúrbios afetivos com alterações do humor são as principais psicopatologias que acometem os idosos. (10) A prevalência da depressão é muito maior em indivíduos de idade avançada do que em qualquer outra faixa etária. (2) Cerca de 15% da população idosa apresenta sintomas depressivos (2), enquanto que em indivíduos na fase adulta os índices giram em torno de 5 a 9% para mulheres, e de 2 a 3% para homens. (1)

As mudanças psicossociais decorrentes do avanço da idade, (como tornar-se dependente dos filhos ou o aparecimento de doenças), são a principal causa de depressão em idosos, principalmente nos homens. A dificuldade em processar as emoções e os sentimentos também pode fazer com que o paciente geriátrico não perceba as alterações em seu estado de ânimo, e direcione suas atenções apenas aos sintomas físicos. Isto faz com que a avaliação e o diagnóstico da depressão no idoso nem sempre sejam realizados de maneira adequada. (9)

Ao se avaliar um paciente idoso do ponto de vista clínico, o profissional deve sempre levar em consideração a ocorrência de depressão, pois ela pode se apresentar como diagnóstico diferencial ou associado em diversos quadros.(6) É freqüente a observação de sintomas depressivos em idosos com importantes afecções físicas. Ainda, se a depressão não for tratada adequadamente, pode dificultar o processo de recuperação da enfermidade física, prolongar o período de hospitalização e provocar o aumento do índice de mortalidade. (4)


TRATAMENTO

O tratamento da depressão pode ser feito através de psicoterapia, medicamentos antidepressivos, ou pela combinação de ambos, o que aumenta sua efetividade. (7, 12, 16)


Tratamento farmacológico

Existem no mercado vários tipos de antidepressivos, sendo necessária uma avaliação clínica, para então decidir sobre o medicamento mais adequado para o paciente. (7, 12, 16). Sabe-se que a serotonina é um dos principais neurotransmissores responsáveis pela estabilização do humor e pela sensação de bem-estar do indivíduo. Logo, um déficit na produção desse neurotransmissor contribui para o surgimento de sintomas depressivos. (12, 17) Um dos medicamentos antidepressivos mais modernos compreendem os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS). Sua atuação no sistema nervoso promove um aumento da da recaptação deste neurotransmissor pela célula pós sináptica, ocasionando um aumento deste na fenda sináptica, o que contribui ao longo de algumas semanas para o alívio dos sintomas. (7, 12, 16) Nos Transtorno Bipolar, os medicamentos indicados são os estabilizadores de humor, por terem melhor resposta tantos nos episódios maníacos como os depressivos. A avaliação feita por um médico psiquiatra é obrigatória para indicar o melhor tipo de medicação para o paciente.


Tratamento psicoterápico

Assim como os psicofármacos, há uma grande variedade de abordagens psicoterápicas. Porém, todas elas objetivam a melhora da qualidade de vida do indivíduo, trabalhando sobre as causas e conseqüências da depressão, e auxiliando o paciente a desenvolver recursos internos para lidar com suas disfunções. O trabalho psicoterápico, associado ao tratamento medicamentoso é reconhecidamente a maneira mais eficaz de tratar a depressão, pois possibilita a remissão dos sintomas depressivos, bem como evita sua reincidência. (7, 12, 15, 16) O tratamento psicoterápico só pode ser oferecido por profissionais capacitados na área da saúde mental: psicólogo ou psiquiatra. (veja maiores detalhes na seção Processo Psicoterápico)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - 4º edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994. 845 p.

2. CORRÊA, Antonio Carlos O. As depressões. Arquivos Brasileiros de Medicina, v.70, n.3, p.145-158, mar. 1996.

3. FENNELL, Melanie J. V. Depressão. Em: K. Hawton (org), - Terapia cognitivo-comportamental para problemas psiquiátricos. Um guia prático. São Paulo: Martins Fontes, 1997, p. 241-332.

4. KATONA, Cornelius L. E. Depression and physicall illnes in old age. Em: KATONA, Cornelius L. E. Depression in old age. Inglaterra: Wiley Editorial, 1994, p.63-75.

5. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 351 p.

6. ROCHA, Fábio Lopes. Tratamento psicofarmacológico da depressão no idoso. Algumas considerações. Arquivos de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.0, n.0, p.27-29, mai. 1996.

7. RODRÍGUEZ, Julieta. El síndrome depresivo en el niño y en el adolescente. Adolescencia y Salud, v.1, n.1, San José, 1999.

8. SILVARES, Edwiges F. M. (org). Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil. Volume II. Campinas: Papirus, 2000, 304 p.

9. TRIGO, José Antonio López. "La depresión en el paciente anciano" . Revista Electrónica de Geriatria, Espanha, v.3, n.2, 2001

10. VARGAS, Heber Soares. A depressão no idoso. São Paulo: BYK, 1992, 132 p.

11. YUNES, Roberto. "Depresión en niños y adolescentes". http://www.psiquiatria.com/imprimir.ats?10490

12. http://www.nimh.nih.gov/publicat/depchildresfact.cfm

13. http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/depinfantil.html

14. http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/adolesc2.html

15. http://www.hmc.psu.edu/childres/healthinfo/d/depression.htm

16. http://www.mhsource.com/depression/overview.html

17. http://sites.uol.com.br/gballone/cursos/farmaco3.html

18. http://www.focusas.com/Depression.html

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